terça-feira, 10 de janeiro de 2017

CRISE NO SISTEMA PRISIONAL.


A crise do Sistema Penal nesta semana foi assumida por várias autoridades públicas, tanto nas esferas estaduais 
quanto nas federais 
e após terem assumido tais problemas em público, os representantes da Segurança Pública, do Judiciário e dos Assuntos Penitenciários de todo país, pretendem no próximo dia 17 em uma reunião que acontecerá em Brasília, discutir medidas imediatas e objetivas no controle desta crise.
Só não podem vir a se esquecer todos os participantes desta reunião, que as idéias provenientes de membros do Estado de São Paulo e ex(s) representantes dele, não são passíveis do recebimento de muita credibilidade. Podem sim até acreditarem que são eles de uma trajetória administrativa, em que muito se construiu prisões e que muitos dentro delas foram encarcerados, mas também não se esqueçam, que eles não resolveram nenhum problema da violência, e que pelo contrário, foi aqui mesmo no estado de São Paulo que se criou o PCC, que hoje é parte desta crise.
Sendo assim federalizar o modelo paulista é inviável e só contribuiria para expansão e hegemonia desta facção, que hoje age e administra a criminalidade e o tráfico de drogas, tanto dentro, quanto fora do dos presídios.
Prova disto são estas notícias:

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Realidade do Sistema Penal e seus devidos culpados

LEIA, COMENTE E COMPARTILHE. FELIZ 2017

Chefe de plantão, Disciplina, Diretor Geral, Coordenador, Secretário, Governador, seja qual for o título da pessoa superior a ti, tem ela alguma responsabilidade pela sua motivação e de seus companheiros de trabalho? Sim, sem dúvida e estando eles no comando deste setor público deveriam os mesmos incentivar uma motivação de todo o corpo funcional ou, pelo menos, que não desmotivassem seu pessoal. Em outras palavras, que não destruíssem as fontes de motivação intrínseca que todos nós Agentes Penitenciários trazemos dentro de nós, mas infelizmente as leis vigentes e a burocracia do nosso local de trabalho predominam sobre a nossa tentativa de realizar um trabalho mais eficaz e a submissão aos desejos de quem nos manda, impera sobre o intercâmbio transparente e sincero das ideias que nós profissionais teríamos para distribuir. O que aconteceria se cada um de nós pudéssemos, de fato, influir em nosso destino profissional no ano de 2017? O que consideramos possível melhorar dentro da nossa secretaria em 2017? E mesmo que soubéssemos responder a estas duas perguntas, ficaríamos com as respostas guardadas para nós mesmos, pois por todos os corredores do Sistema Penal paulista só se ouve a frase: “ Vou ajudar ele para que, se ele não me ajuda em nada? ”
O ano de 2016 se encerra e o governo do Estado de São Paulo nos deixa dentro de uma realidade onde o IPC-FIPE Geral somou nestes três últimos anos em que não recebemos nenhum reajuste salarial, uma inflação de 23,60%; corpo funcional somando um déficit de 14 mil funcionários; população carcerária de 229.457 reclusos, tendo apenas 137.471 vagas, somamos 166.91% da capacidade, realidade que pode ser pior em algumas unidades específicas tal como a Penitenciária de Guarulhos I, que tendo capacidade total de 838, abriga 2.044 registrando um percentual de 243,91% da capacidade (dados do site da SAP em 27/12/16); durante o horário de trabalho em média a cada 5 dias, um agente penitenciário vem sendo agredido por detentos nas unidades prisionais e este alto número de agressões mostra o outro lado da rotina dos funcionários que trabalham acuados pelo medo da violência no próprio ambiente de trabalho e também fora dele, pois neste ano muitos companheiros foram assassinados e como comprovado na Operação Ethos do Ministério Público e da Polícia Civil, todos as tentativas e homicídios foram em medida de represaria ao sistema, mas foram forjados para serem registrados como latrocínios e pra encerrar na descrição desta realidade informo que neste ano centenas de reclusos foragiram do sistema, tendo o registro até de uma fuga em massa na unidade de Jardinópolis que somou 470 fugas e outras de menor porte tal como ocorreram nas unidades de Mococa, Limeira, Guarulhos, Pacaembu, Suzano, Penitenciária e psiquiátrico de Franco da Rocha, entre outras. Diante disto, há como se motivar? Muito difícil, mas continuar deixando tudo como está, nos reconhecendo como vítimas deste governo que nos subalterna, continuar brigando entre nós mesmos procurando um corrigir ao outro, procurando culpados para tudo, nos subdividindo, procurando regalias como medida de suprir aquilo que nos falta, mas em troca cedendo apoio pessoal a outrem, mesmo sendo contra nossos próprios ideais. Tudo isso é prova de que nos esquecemos que tais correções podem sim vir a surgir, mas só nas próximas eleições, julgando como culpados desta realidade aqueles que nos administram desta forma tão incorreta e que não sendo merecedores de nossos votos, não estarão mais à nossa frente. 
Internet e televisão não se cansa de cobrar os direitos humanos e a realidade dos reclusos, as vezes chegam até a mostrar nós agentes e também nossos irmãos policiais como os culpados. Claro que dentro do sistema penal muitos presos têm sim os seus direitos desrespeitados, mas a culpa não é do Policial e muito menos do Agente. O erro é da nossa Administração Pública que além de não cumprir suas funções dentro do Sistema Penal, também não às cumpre na educação, saúde e segurança, prova disso estão nos dados da Depen que cita 91% da população carcerária não ter concluído o Ensino Médio e nos dados do IBGE 49,25% da população brasileira maiores de 25 anos não tem o Ensino Médio completo, sendo assim se tivéssemos mais pessoas com esta formação concluída, menos pessoas estariam superlotando os cárceres do nosso sistema. 
Concluindo, todos nós funcionários públicos queríamos poder agir dá melhor forma, agindo com maior rigor contra a criminalidade, logrando êxito no cumprimento de nossas funções, colocando à ordem e a disciplina dentro do Sistema Penal e quem sabe até reeducar alguém, mas para isso precisamos de condições (automatização, detectores de metais, scanners Corporais e bloqueadores de celular) que nos traga motivação e entusiasmo, pois seria um prazer poder retirar a administração deste sistema das mãos de membros de facções criminosas, podendo após alguns investimentos e medidas e passar realmente a administrar o sistema penal, pois estamos cansados, prova disso é ver hoje em dia, com a criação destes novos e pequenos celulares e as novas regras de revista que não inibe ao tráfico, ver estes itens tão facilmente chegando à mãos dos reclusos e fazer blitz todo mês, retirando celulares e drogas que no sábado e domingo retornam aos pavilhões é um ciclo interminável, que apenas nos envergonha e nos desmotiva mais ainda, pois muito suamos tanto em uma blitz e sem suor algum tudo retorna para dentro dos presídios, isso só seria resolvido cortando o mal pela raiz, mas enquanto isso não vem a ocorrer devido à falta de medidas do governo, peço a todos vocês meus companheiros que venham a continuar suando, se motivando a mudar ao menos o seu setor de trabalho, fazendo o melhor de vocês, distribuindo ideias e informações, ajudando até aqueles que não te ajudam, não para que o Estado use de seu trabalho em benefício próprio, mas para que tenhamos mais segurança, que nos garanta o direito de viver, para que tal como hoje viveremos a virada para o ano 2017, possamos viver muitas outras viradas. Suspirem esperança e fé, pois verba federal chegou, até mesmo em momentos de crise e quem sabe até um tal de ALE podemos vir a receber em 2017. Feliz Ano Novo.
Anderson Gimenes.

Ajude este Agente e Escritor mostrar a uma parcela maior da sociedade a nossa realidade: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-783108822-livro-diario-de-um-agente-de-seguranca-penitenciaria-_JM

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Que "Santo" é este que não faz milagres?

Hoje, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) durante a reunião da CPI que investiga o fornecimento de merenda para escolas estaduais em contratos firmados por empresas e cooperativas de agricultura familiar com o governo estadual e a prefeitura, um grupo com cerca de 100 agentes penitenciários realizaram um manifesto no corredor do plenário D. Pedro I, onde ocorriam os depoimentos. Eles protestavam contra a falta de abertura nas negociações da Campanha Salarial e o descaso do governo com as reivindicações da categoria, afirmavam também não ter reajuste salarial há pelo menos três anos e reivindicavam urgência no agendamento de uma audiência com o governo, mas que o mesmo vem se recusando a sentar para negociar a pauta de reivindicações elaborado por sindicatos da categoria.
Um agente chegou a citar nas redes sociais que ali estava "para rezar um terço e ver se conseguia um milagre com o Santo", mas esse terço todos nós funcionários da categoria viemos rezando a mais de 3 anos e nada deste Santo nos ouvir, seja na casa dele Executiva, ou na casa Legislativa de seus apóstolos e nem mesmo na casa Judiciária do Supremo, que mesmo existindo na lei o art 37, que garante ao servidor público o reajuste anual de seus vencimentos e incorporação de índices inflacionários, até hoje o mesmo não intercedeu por nós. Sendo assim faço a pergunta: Que "Santo" é este que não faz milagre?
Este "Santo" todos nós sabemos quem é, seu nome, partido e numero, sendo assim nas próximas eleições devemos parar de orar há ele e creditar nossa fé em outros, pois se como "Santo" ele já nos nega milagres, se vier a se tornar Cristo, além de nos negar milagres irá nos encher das leis "descarrego de malefícios" e só assim iremos apreender, que na verdade está igreja é um centro de macumba.
E esse espírito mal já vem pairando entre nós, pois nossos representantes ao invés de se unir, lutam entre si; a classe perdeu a fé e vive sentada e até mesmo entre nós agimos com tal maldade e coniventes com o tal "Santo", pois hoje mesmo dentro do manifesto um ASP foi encontrado intercedendo pelo "Santo" fotografando os agentes presentes no manifesto, com intuito de reconhece-los e abrir processos sindicantes contra os mesmos.
É categoria, se querem um dia poder receber um milagre, chegou a hora de clamar com fé e tirar todos os pastores ruins do nosso meio. Amém.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Direitos Humanos ou Direito dos Manos?

Sou um Agente de Segurança Penitenciária e tendo assumido está profissão não deixei de ser um humano e tenho como meu maior direito poder viver a minha vida com dignidade e respeito.
Sendo assim deveria eu ser um dos defendidos pelo Conselho Estadual dos Direitos Humanos de São Paulo, mas a realidade não é bem essa, pois hoje em um noticiário, vimos o vice presidente desta instituição sendo apreendido  e acusado de contribuir com dados ao crime organizado, na criação de uma lista de execução das pessoas que exercem a minha profissão, tal fato só nos deixa duas interpretações:
-> (a) Todo Agente Penitenciário não é ser humano.
-> (b) A comissão dos Direitos Humanos, defende ao crime organizado e não aos seres humanos.
 Qual das interpretações é a verdadeira?
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/policia-prende-advogados-por-suposta-ligacao-com-faccao-em-sp.ghtml

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Estou muito cansado.




Estagnação salarial e inflação, já são dois grandes problemas de todo cidadão brasileiro, mas nos últimos dias encontrei outro problema que muito me aflige e este problema se chama "Administração Pública", tanto do Poder Executivo, quanto do Legislativo, tanto do Estado, quanto da União. 
Estou muito cansado, nem consigo mais escrever minhas críticas publicas objetivado em busca de melhorias, através dos olhos que se abrem após a leitura de meus textos, pois no dia dia mesmo estando com meus olhos abertos, só me vejo afundar mais e mais nas dividas e problemas, e ainda sou obrigado a ver o Estado e a União agirem de formas que me denegriam ainda mais, ao arrancarem o pouco que ainda me resta, tendo como exemplo disto este PL 257/16.

Se nós funcionários públicos não estamos bem e ainda vemos a nossa administração estar buscando meios de piorar nossa situação, podemos acreditar que ainda virá algum aumento salarial para repor os 20% que já perdemos com a inflação? Podemos acreditar no pagamento do ALE? 
Olha não acredito em mais nada e cansei de esperar. E agora o que fazer? 
Sozinho eu não posso nada. Eu preciso de você "Categoria Profissional", vamos lutar por algo, pois mesmo se perdemos esta luta, pior do que está não ficará, pois por ficar esperando muito já nos tiraram e continuaram tirando ainda mais. Não podemos nos igualar aos nossos representantes sindicais que se calam perante aos problemas, mas que quando veem algo cair do céu lutam entre si na busca de registrarem autoria. 
Eles nos venceram muitas vezes com a coligação, mas nós podemos os vencer com a união.


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

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sexta-feira, 22 de julho de 2016

SUICÍDIO


O dicionário define o SUICÍDIO como “ato ou efeito de suicidar-se. Desgraça ou ruína causada por ação do próprio indivíduo, ou por falta de discernimento, de previdência etc.”
Palavra muito forte está, não? Tão forte que chega a ser pouco pronunciada e o seu significado ninguém quer ver à sua frente, mas infelizmente a vida nos proporciona situações que não nos faz isentos de ouvir ou ver o significado desta palavra. 
Exemplo disso sou eu que quando criança vi um vizinho de meu avô, suicidado por enforcamento dentro do seu próprio quarto e já adulto no exercício da minha profissão mais duas cenas destas cheguei a vivenciar, fatos estes que marcaram minha vida e até relato em meu livro, o primeiro caso foi um preso que se enforcou com sua própria calça e segundo foi outro que se jogou de cabeça ao chão, nos dois casos os presos se encontravam sozinhos dentro de uma cela. 
Tais situações não são muito ocorrentes em meio social e por já ter vivenciado três cenas destas, achei que elas já estariam suficientes.
Mas a vida me escolheu novamente e a quarta vivencia chegou por telefone, quando uma amiga minha me ligou e disse: “Anderson vai até minha casa e cuida da minha mãe, pois minha prima acabou de se suicidar e quando a notícia chegar lá ela pode passar mal”, fui sim fazer este favor e a mãe da minha amiga passou sim muito mal e tive que leva-la ao pronto socorro do hospital, onde lá também se encontrava o corpo daquela jovem que se suicidou tomando uma alta dosagem de remédios e não tive como fugir da situação de acompanha-la ao necrotério para ver o corpo de sua sobrinha e tais vivencias não acabaram por aí, pois novamente no exercício da profissão à poucos dias tive que ver outro preso enforcado com uma corda feita com os tecidos de sua própria roupa e pra complementar a situação ele morreu no setor qual estava eu como responsável, sendo assim em apoio a Polícia Científica tive até que retira-lo da corda qual estava pendurado.
Se já não bastasse ter vivenciado estas cinco cenas, por ser um profissional desta área definhada de alta PERICULOSIDADE (qualidade ou estado de ser perigoso, podendo causar acidentes e até a morte) e INSALUBRIDADE (caráter ou qualidade de insalubre, ou seja, que não é saudável podendo pode causar consequências indesejáveis a nossa saúde) fui obrigado a ver só neste ano, a sétima publicação em meios sociais de companheiros de trabalho que também se suicidaram. 
Lógico que em todos os fatos os motivos estão ligados a questões espirituais, psicológicas e questões particulares da vida de cada um, mas também posso garantir que no caso dos sete profissionais “Agentes Penitenciários” que vieram a cometer estas tragédias, parte da culpa é também deste Estado, que nos abandona neste meio profissional de alta periculosidade e insalubridade, sem as condições necessárias para efetuar nosso trabalho, sem apoio psicológico, negando licenças médicas e por não reajustar os nossos salários. Todos estes problemas nos levam a ficar apreensivos, preocupados e quando trombam com a particularidade frágil do discernimento de cada um, mais um SUICÍDIO ocorre, sendo assim peço que cumpram com suas obrigações, pois caso tivessem às cumprido, tal previdência poderia inibir algumas ocorrências e neste texto eu teria citado apenas cinco suicídios e não doze.